POSITIVISMO (9º ano)
Positivismo é uma corrente
filosófica que surgiu na França no começo do século XIX. Os principais
idealizadores do positivismo foram os pensadores Auguste Comte e John Stuart
Mill. Esta escola filosófica ganhou força na Europa na segunda metade do século
XIX e começo do XX. É um conceito que possui distintos significados, englobando
tanto perspectivas filosóficas e científicas do século XIX quanto outras do
século XX.
Desde o seu início, com Auguste
Comte (1798-1857) na primeira metade do século XIX, até o presente século XXI,
o sentido da palavra mudou radicalmente, incorporando diferentes sentidos,
muitos deles opostos ou contraditórios entre si. Nesse sentido, há correntes de
outras disciplinas que se consideram "positivistas" sem guardar
nenhuma relação com a obra de Comte. Exemplos paradigmáticos disso são o
positivismo jurídico, do austríaco Hans Kelsen, e o positivismo lógico (ou
Círculo de Viena), de Rudolf Carnap, Otto Neurath e seus associados.
Para Comte, o positivismo é uma
doutrina filosófica, sociológica e política. Surgiu como desenvolvimento
sociológico do iluminismo, das crises social e moral do fim da Idade Média e do
nascimento da sociedade industrial - processos que tiveram como grande marco a
Revolução Francesa (1789-1799). Em linhas gerais, ele propõe à existência
humana valores completamente humanos, afastando radicalmente a teologia e a
metafísica (embora incorporando-as em uma filosofia da história). Assim, o
positivismo associa uma interpretação das ciências e uma classificação do
conhecimento a uma ética humana radical, desenvolvida na segunda fase da
carreira de Comte. O positivismo defende a ideia de que o conhecimento
científico é a única forma de conhecimento verdadeiro. De acordo com os
positivistas somente pode-se afirmar que uma teoria é correta se ela foi
comprovada através de métodos científicos válidos. Os positivistas não
consideram os conhecimentos ligados a crenças, superstição ou qualquer outro
que não possa ser comprovado cientificamente. Para eles, o progresso da
humanidade depende exclusivamente dos avanços científicos.
Auguste Comte
O método geral do positivismo de
Auguste Comte consiste na observação dos fenômenos, opondo-se ao racionalismo e
ao idealismo, por meio da promoção do primado da experiência sensível, única
capaz de produzir a partir dos dados concretos (positivos) a verdadeira ciência
(na concepção positivista), sem qualquer atributo teológico ou metafísico,
subordinando a imaginação à observação, tomando como base apenas o mundo físico
ou material. O positivismo nega à ciência qualquer possibilidade de investigar
a causa dos fenômenos naturais e sociais, considerando este tipo de pesquisa
inútil e inacessível, voltando-se para a descoberta e o estudo das leis
(relações constantes entre os fenômenos observáveis).
Em sua obra Apelo aos
conservadores (1855), Comte definiu a palavra "positivo" com sete
acepções: real, útil, certo, preciso, relativo, orgânico e simpático.
O positivismo defende a ideia de
que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro. Assim
sendo, desconsideram-se todas as outras formas do conhecimento humano que não
possam ser comprovadas cientificamente. Tudo aquilo que não puder ser provado
pela ciência é considerado como pertencente ao domínio teológico-metafísico
caracterizado por crendices e vãs superstições. Para os positivistas o
progresso da humanidade depende única e exclusivamente dos avanços científicos,
único meio capaz de transformar a sociedade e o planeta Terra no paraíso que as
gerações anteriores colocavam no mundo além-túmulo.
O positivismo é uma reação
radical ao transcendentalismo idealista alemão e ao romantismo, na qual os
afetos individuais e coletivos e a subjetividade são completamente ignoradas,
limitando a experiência humana ao mundo sensível e ao conhecimento aos fatos
observáveis. Substitui-se a Teologia e a Metafísica pelo "Culto à
Ciência", o Mundo Espiritual pelo Mundo Humano, o Espírito pela Matéria.
A ideia-chave do positivismo
comtiano é a Lei dos três estados, de acordo com a qual o entendimento humano
passou e passa por três estágios em suas concepções, isto é, na forma de
conceber as suas ideias e a realidade:
Teológico: o ser humano explica a
realidade por meio de entidades supranaturais (os "deuses"), buscando
responder a questões como "de onde viemos?" e "para onde
vamos?"; além disso, busca-se o absoluto;
Metafísico: é uma espécie de
meio-termo entre a teologia e a positividade. No lugar dos deuses há entidades
abstratas para explicar a realidade: "o Éter", "o Povo",
"o Mercado financeiro", etc. Continua-se a procurar responder a
questões como "de onde viemos?" e "para onde vamos?" e
procurando o absoluto. É a busca da razão e destino das coisas, é o meio termo
entre teológico e positivo.
Positivo: etapa final e
definitiva, não se busca mais o "porquê" das coisas, mas sim o
"como", por meio da descoberta e do estudo das leis naturais, ou
seja, relações constantes de sucessão ou de co-existência. A imaginação
subordina-se à observação e busca-se apenas pelo observável e concreto.
Vamos refletir:
1) O
positivismo se opõe a religião?
2 2) Ele
se converte em outra forma de religião?
3) Para
saber mais visite o site abaixo para saber da influência do positivismo no
Brasil:
Comentários
Postar um comentário